quarta-feira, 9 de maio de 2012

Inspiração


Inspiro-me!
Quando isso acontece tenho vontade de falar, de escrever algo que demonstre o que sinto.
Acordo sorrindo a toa, e converso com o cachorro enquanto reparto com ele meu pão.
Ando na rua conversando com Deus em voz alta, e quando alguém passa eu finjo que estou cantando para não pensarem que enlouqueci, mas as vezes não dá tempo, e a pessoa só balança a cabeça.

Tenho aquelas ideias malucas que nunca serão concretizadas, porque não há possibilidade alguma para isso, porque são ideias sem sentido, sem compromisso, engraçadas. Ideias que trazem o gostinho de viagem, de criatividade e suprem o desejo de sair do que parece uma rotina, mas no fundo não é.
Inspirar-me é tão bom.
O sol fica mais claro, o verde mais verde.
Aquela simples pedra no quintal ganha uma forma conhecida e de repente já não é mais uma simples pedra, é A PEDRA.
Assim também acontece com a cor da caneta que uso para escrever todos os dias, com o garfo, o prato, o sapato.
O dia passa e quando chega a hora de repousar, penso, já acabou? Que pena.
E então começo a me despedir dos verdes mais verdes, dos que me viram falando sozinha, do dia lindo, das palavras e parece que é o fim.
Mas a noite me cutuca e me faz ainda querer compartilhar algo, registrar o que foi e que um dia esquecerei. Então converso de novo com Aquele que me ouviu pela manhã, leu meus pensamentos, riu comigo das furadas do dia, me fez companhia e agora me ouve contar tudo de novo com ar de criança feliz e cheia de graça.
Não é nenhum tipo de entorpecente, nem a comida, a bebida, o clima... é algo que vem de dentro e vai se mostrando aqui e ali no dia. É inspiração!

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