Inspiro-me!
Quando
isso acontece tenho vontade de falar, de escrever algo que demonstre o que
sinto.
Acordo
sorrindo a toa, e converso com o cachorro enquanto reparto com ele meu pão.
Ando na
rua conversando com Deus em voz alta, e quando alguém passa eu finjo que estou
cantando para não pensarem que enlouqueci, mas as vezes não dá tempo, e a
pessoa só balança a cabeça.
Tenho
aquelas ideias malucas que nunca serão concretizadas, porque não há
possibilidade alguma para isso, porque são ideias sem sentido, sem compromisso,
engraçadas. Ideias que trazem o gostinho de viagem, de criatividade e suprem o
desejo de sair do que parece uma rotina, mas no fundo não é.
Inspirar-me
é tão bom.
O sol fica
mais claro, o verde mais verde.
Aquela
simples pedra no quintal ganha uma forma conhecida e de repente já não é mais
uma simples pedra, é A PEDRA.
Assim
também acontece com a cor da caneta que uso para escrever todos os dias, com o
garfo, o prato, o sapato.
O dia
passa e quando chega a hora de repousar, penso, já acabou? Que pena.
E então
começo a me despedir dos verdes mais verdes, dos que me viram falando sozinha,
do dia lindo, das palavras e parece que é o fim.
Mas a
noite me cutuca e me faz ainda querer compartilhar algo, registrar o que foi e
que um dia esquecerei. Então converso de novo com Aquele que me ouviu pela
manhã, leu meus pensamentos, riu comigo das furadas do dia, me fez companhia e
agora me ouve contar tudo de novo com ar de criança feliz e cheia de graça.
Não é
nenhum tipo de entorpecente, nem a comida, a bebida, o clima... é algo que vem
de dentro e vai se mostrando aqui e ali no dia. É inspiração!
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